Esculturas rupestres no Rio Amazonas? Sim, exatamente, entretanto como já vimos em Seca na amazônia?, a situação na região não está fácil! O Amazonas está passando pela sua pior seca, onde o Rio Negro atingiu a sua menor cota desde o início dos registros, porém, essa seca nos trouxe uma surpresa.

Sendo elas, uma série de rostos humanos com 2.000 anos de idade e esculturas intrincadas emergem das costas rochosas, lançando luz sobre as antigas culturas indígenas e suas práticas na região.

As gravuras são pré-históricas, ou pré-coloniais. Não podemos datá-los com exatidão, mas com base em evidências de ocupação humana na área, acreditamos que tenham entre 1.000 e 2.000 anos. Dessa maneira, encontradas em um ponto rochoso, chamado de Ponto das Lajes, no litoral norte do Amazonas, próximo à confluência dos rios Rio Negro e Solimões.

Porém, não foi a primeira vez que esculturas rupestres são encontradas na região

Sim, esculturas encontradas na região pela primeira vez em 2010, mas a seca deste ano foi mais severa, com o Rio Negro diminuindo 15 metros desde julho, expondo vastas extensões de rochas e areia onde não havia praias.

Entretanto, desta vez foram encontradas não apenas mais esculturas, mas a escultura de um rosto humano talhado na rocha. Uma área mostra sulcos suaves na rocha que se acredita serem o local onde os habitantes indígenas afiavam suas flechas e lanças muito antes da chegada dos europeus.

É uma descoberta sobre a qual os nós certamente teremos sentimentos contraditórios. Tal como as pedras da fome expostas durante a seca da Europa no Verão passado – com a inscrição “Se me vires, então chora” – estas relíquias não seriam visíveis sem um período de seca devastador e são também conhecidas como “Pedras da Fome”.

Na cidade de Pirna, na Alemanha, há um registro nos arquivos da cidade que aponta a existência de uma pedra com o ano 1115 gravado, mas a localização exata desse marco não é mais conhecida.

  • “A vida florescerá novamente quando esta pedra desaparecer”, diz outra das rochas esculpidas.
  • “Quem uma vez me viu, chorou. Quem me vê agora vai chorar”, está gravado em outra.
  • “Se você vir essa pedra de novo, vai chorar. A água estava baixa até aqui no ano de 1417”, diz outra.

Apesar das esculturas rupestres encontradas no Rio Amazonas não serem uma das “Pedras da Fome”, qual a forma de interpretar-se o seu aparecimento?

Esculturas rupestres e “Pedras da Fome”?

Primeiramente, essa situação está ocorrendo, principalmente, pela combinação entre mudanças climáticas e o El Niño ajudou a fazer com que os níveis do rio Amazonas caíssem para níveis recordes, isolando algumas comunidades e matando a vida selvagem.

O ponto rochoso onde descobriram as antigas faces chama-se Ponto das Lajes. Fica no litoral norte do Amazonas, próximo à confluência dos rios Negro e Solimões, na cidade de Manaus. Tá, mas o que tem haver com as “Pedras da Fome”.

Simples, a medida que a seca na Amazonia avança, os habitantes da região precisam de ajuda e de forma urgente. As autoridades públicas lutam para entregar alimentos e água a milhares de comunidades isoladas num território vasto e sem estradas, onde os barcos são o único meio de transporte e que estão impossibilitados de navegar pelos níveis baixos. Em todo o estado do Amazonas, 59 dos seus 62 municípios estão em estado de emergência, impactando 633 mil pessoas. Uma das cidades mais impactadas é Careiro da Várzea, próximo a Manaus.

Então ai está a ligação com as “Pedras da Fome”. Essas pedras, serviram de registro histórico onde os moradores da região, passando por uma seca, registraram os níveis que as águas chegaram (afinal olha que mensagem “positiva” – Se você vir essa pedra de novo, vai chorar. A água estava baixa até aqui no ano de 1417).

Apesar de ser uma descoberta positiva e que elucida alguns questões, elas só se tornaram possíveis de serem vistas porque houve essa estiagem que tem causado muitos danos e prejuízos.

Referências sobre esculturas rupestres:

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